As pessoas em cujo coração habita a paz são excelentes construtoras de paz junto dos outros.
Destas pessoas realizam a bem-aventurança dos filhos de Deus, como disse Jesus:
“Bem-aventurados os construtores da paz, pois estes serão chamados filhos de Deus” (Mt 5, 9).
Os evangelhos insistem na necessidade de estarmos atentos e colaborarmos com o Espírito Santo na edificação da paz interior, a fim de sermos agentes de paz no mundo.
Eis o que diz o evangelho de São Mateus: “Quem de entre vós, com as suas preocupações, pode prolongar a duração da sua vida?” (Mt 6,25-27).
No evangelho de São Lucas, Jesus diz-nos para não nos deixarmos dominar pelas preocupações, pois estas roubam-nos a paz:
“Tende cuidado para que as vossas vidas não fiquem pesadas devido às preocupações” (Lc 21,34).
Os pensamentos positivos tais como confiança, segurança, vontade de perdoar e servir os outros são um remédio milagroso para curar esta enfermidade.
Cristo deixou-nos a Paz interior como o grande dom da sua ressurreição: “Deixo-vos a minha paz, a minha paz vos dou” (Jo 14,27).
No canto de Zacarias, São Lucas diz que o “ Senhor guia os nossos passos no caminho da paz” (Lc.1,79).
Jesus gostava de se retirar com os discípulos para lugares silenciosos onde encontrava a paz interior.
Além disso, diz São Marcos, aconselhava os discípulos a fazerem o mesmo: “Retiremo-nos para um lugar deserto e fiquemos por ali algum tempo” (Mc.6,31).
Jesus convida-nos a pôr as nossas preocupações em Deus. É verdade que Deus não nos substitui, mas inspira-nos soluções e saídas adequadas para vencermos as dificuldades.
Eis o que diz o evangelho de Mateus: “Não andeis preocupados, dizendo: “Que iremos comer, beber ou vestir? (...).
Procurai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça e todas estas coisas vos serão acrescentadas.
Não vos preocupeis com o dia de amanhã, pois este se preocupará consigo. Basta a cada dia a sua dificuldade” (Mt 6, 31-34).
Na verdade, quanto mais nos deixamos dominar pelo frenesim do mundo, menos capazes seremos de para ajudar os outros.
Se pensarmos que Deus está em nós e por nós, mais facilmente desaparecem do nosso coração os medos e mais facilmente surgirá a paz e a harmonia interior.
Jesus aconselha-nos a mantermos sempre uma atitude de vigilância: “Felizes os servos que o Senhor, ao chegar, encontrar vigilantes” (Lc12,37).
A presença libertadora de Deus é uma realidade que podemos experimentar de modo gradual e progressivo.
Esta experiência significa que estamos a saborear a força libertadora do Reino de Deus. Eis o que diz São Paulo:
“O Reino de Deus não é uma questão de comidas e bebidas, mas sim de justiça, paz e alegria no Espírito Santo” (Rm 14,17).
Jesus disse que os construtores da paz são felizes, pois serão chamados filhos de Deus (Mt 5,9).
Podemos dizer que uma pessoa será tanto mais capaz de construir paz no mundo em que vive,
quanto mais tiver o coração cheio de paz interior.
Calmeiro Matias
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