E de novo o homem começa a caminhar em direcção ao fracasso. Deus vai intervir de novo, escolhendo um homem fiel e bom, a fim de salvar a humanidade.
Encontrou Abraão e faz-lhe a proposta de uma aliança que possa beneficiar todas as famílias da Terra (Gn 12,3).
O amor de Deus é difusivo. Quando ama alguém que escolhe para uma missão, pensa logo na maneira de fazer que esse amor se difunda por todas as pessoas.
Deus prometeu a Abraão uma terra, a fim de formar um povo que seja, no meio dos outros povos, uma mediação da Sua Palavra e do Seu Amor (Gn 15, 8).
Depois, Deus acrescenta: “Vou fazer uma aliança entre mim e ti. Multiplicarei a tua descendência sem medida” (Gn 17, 2); “Serás pai de muitas nações” (Gn 17, 4).
“Vou estabelecer para sempre a minha aliança entre mim e ti. Será uma aliança eterna. Serei o teu Deus e o Deus dos teus descendentes” (Gn 17, 7).
E ao longo dos séculos, Deus foi dando provas de que a sua promessa era para ser realizada:
“Eu ouvi os gemidos dos filhos de Israel que os egípcios escravizaram e lembrei-me da minha aliança” (Ex 6, 5).
Após a saída do Egipto, Deus reafirma a sua aliança com os filhos de Abraão, agora liberto da escravidão:
“Se observardes a minha aliança sereis minha propriedade especial entre todos os povos” (Ex 19, 5).
Deus renovou a sua aliança com o povo de Israel através de Moisés, entregando-lhe os dez mandamentos escritos em duas tábuas de pedra.
Ao construir o santuário, as tábuas dos mandamentos do Senhor ficaram guardadas dentro de um cofre a que deram o nome de Arca da Aliança:
“Dentro da arca coloca o documento da aliança que te dei” (Ex 25, 16). Deus entregou ao povo o documento da aliança escrito, a fim de permanecer como testemunho:
“Deus disse ainda a Moisés: escreve estes mandamentos, pois é de acordo com eles que eu faço a aliança contigo e com Israel” (Ex 34, 27).
O livro do Deuteronómio insiste na necessidade de o povo permanecer fiel à aliança, cumprindo os preceitos do Senhor, escritos nas tábuas de pedra:
“Deus comunicou-vos a sua aliança, a fim de que cumprísseis as dez palavras que Ele escreveu em duas tábuas de pedra” (Dt 4, 13).
E o Senhor foi dando provas de ser um Deus fiel e verdadeiro: “Reconhece que Yahvé, teu Deus, é o único Deus, o Deus fiel que mantém a aliança e o seu amor por mil gerações em favor dos que o amam e observam os seus mandamentos” (Dt 7, 2).
As tábuas dos mandamentos, a terra prometida e uma descendência numerosa são os principais elementos da aliança de Deus.
Eis as palavras do Deuteronómio: “Inclina-te, Senhor, do Céu, a tua morada santa, e abençoa Israel, teu povo e a terra que nos deste, uma terra onde corre leite e mel como juraste aos nossos antepassados” (Dt 26, 15).
Calmeiro Matias
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