Só pelos seus próprios meios o Homem não podia conhecer o rosto de Deus. Foi esta a razão pela qual o Senhor tomou a iniciativa de se revelar ao Homem, a fim de este descobrir a sua razão de existir e o sentido da sua vida no plano de Deus.
A revelação é um processo gradual e progressivo. Falar da revelação é falar sobre uma história na qual o Espírito Santo nos foi falando da epopeia do Amor de Deus.
Apesar de ser o grande protagonista da história da revelação, o Espírito Santo foi escolhendo mediações para realizar a sua missão reveladora.
Por outras palavras, para chegar ao Homem em grandeza humana, a Palavra de Deus precisa de ser mediatizada pela palavra humana.
O principal medianeiro da acção reveladora do Espírito Santo foi Jesus Cristo. Eis o que diz o evangelho de São Lucas:
“Veio a Nazaré onde se tinha criado. Segundo o seu costume, entrou na sinagoga em dia de sábado e levantou-se para ler.
Entregaram-lhe o livro do profeta Isaías e, desenrolando-o deparou com a seguinte mensagem em que está escrito:
“O Espírito do Senhor está sobre mim porque me ungiu, a fim de anunciar a Boa Nova aos pobres.
Enviou-me a proclamar a libertação dos cativos e, aos cegos a recuperação da vista. Enviou-me a mandar em liberdade os oprimidos e a proclamar um ano favorável da parte do Senhor”.
Depois enrolou o livro, entregou-o ao empregado e sentou-se.
Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele. Começou então a dizer-lhes: “Cumpriu-se hoje esta Palavra da Escritura que acabais de ouvir” (Lc 4, 18-21).
Em Jesus de Nazaré, homem igual a nós, o Espírito Santo exprimiu a Palavra de Deus em grandeza humana.
Ninguém como Jesus Cristo revelou de modo tão claro ao Homem o rosto de Deus e o amor salvador a toda a Humanidade.
Calmeiro Matias
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