III-A COMUNHÃO UNIVERSAL DO REINO
Com o aparecimento da vida espiritual no Universo, a evolução criadora atingiu o limiar da eternidade.
Depois, ficou esperando por Cristo, a fim de atingir a divinização.
Os seres humanos estão a emergir como pessoas em construção.
Crescer como pessoa significa crescer em densidade espiritual e capacidade de comungar amorosamente.
A vida pessoal, como sabemos, não é uma questão de quantidade.
Não se mede ao quilo nem se avalia pelo volume. Não se mede ao metro nem se analisa pelo cálculo das superfícies.
Mas podemos conhecer a qualidade e a grandeza de uma pessoa, estando atentos ao seu jeito de amar.
A identidade espiritual de uma pessoa é o jeito de amar, o qual é a expressão da qualidade do coração dessa pessoa e da sua profundidade de amar.
No Reino de Deus seremos eternamente conhecidos e identificados, pelo nosso jeito de amar.
No Céu, o jeito de amar de uma pessoa confere-nos o critério para conhecermos a história da realização histórica dessa pessoa.
É mediante o amor que a pessoa se encontra e encontra Deus e os irmãos, pois a pessoa possui-se a si, a Deus e aos irmãos na medida em que se dá.
Ao dar-se, a pessoa não se perde. Pelo contrário, encontra-se na reciprocidade da comunhão amorosa cujo coração é a comunhão da Santíssima Trindade.
Devido à densidade espiritual da vida pessoal os seres humanos já pertencem à cúpula da vida constituída em densidade definitiva.
Na verdade, não serve para a Vida Eterna quem se recusa a amar.
O Espírito Santo vai-nos moldando e configurando com Cristo, pois ele é, como diz São Paulo, “O amor de Deus foi derramado nos nossos corações (Rm 5, 5).
Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias
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