sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

UM CORAÇÃO QUE SÓ DEUS PREENCHE-III


III-A COMUNHÃO UNIVERSAL DO REINO

Com o aparecimento da vida espiritual no Universo, a evolução criadora atingiu o limiar da eternidade.

Depois, ficou esperando por Cristo, a fim de atingir a divinização.

Os seres humanos estão a emergir como pessoas em construção.

Crescer como pessoa significa crescer em densidade espiritual e capacidade de comungar amorosamente.

A vida pessoal, como sabemos, não é uma questão de quantidade.

Não se mede ao quilo nem se avalia pelo volume. Não se mede ao metro nem se analisa pelo cálculo das superfícies.

Mas podemos conhecer a qualidade e a grandeza de uma pessoa, estando atentos ao seu jeito de amar.

A identidade espiritual de uma pessoa é o jeito de amar, o qual é a expressão da qualidade do coração dessa pessoa e da sua profundidade de amar.

No Reino de Deus seremos eternamente conhecidos e identificados, pelo nosso jeito de amar.

No Céu, o jeito de amar de uma pessoa confere-nos o critério para conhecermos a história da realização histórica dessa pessoa.

É mediante o amor que a pessoa se encontra e encontra Deus e os irmãos, pois a pessoa possui-se a si, a Deus e aos irmãos na medida em que se dá.

Ao dar-se, a pessoa não se perde. Pelo contrário, encontra-se na reciprocidade da comunhão amorosa cujo coração é a comunhão da Santíssima Trindade.

Devido à densidade espiritual da vida pessoal os seres humanos já pertencem à cúpula da vida constituída em densidade definitiva.

Na verdade, não serve para a Vida Eterna quem se recusa a amar.

O Espírito Santo vai-nos moldando e configurando com Cristo, pois ele é, como diz São Paulo, “O amor de Deus foi derramado nos nossos corações (Rm 5, 5).


Em Comunhão Convosco

Calmeiro Matias






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