A Humanidade é constituída por pessoas, isto é, por seres livres, conscientes, responsáveis e capazes de amar.
Por não ter uma complexidade cerebral suficiente, o animal não é nem pode chegar a ser pessoa.
Muitos anos antes de Cristo, Aristóteles definiu o Homem como um animal racional.
Hoje reconhecemos que esta definição é muito pobre, pois não basta acrescentar um adjectivo ao termo animal para dizer a verdade do Homem.
A diferença que existe entre o animal e o Homem não se reduz ao simples facto de o Homem ter algumas qualidades que o animal não tem.
Na verdade, a diferença entre o animal e o Homem resulta de um salto qualitativo.
É verdade que o Homem apareceu na História emergindo da vida animal através de um processo evolutivo.
Com efeito, a marcha da evolução, ao atingir o limiar da hominização, isto é, a complexidade cerebral própria de Homem, deu um salto de qualidade.
Mas a hominização é apenas a possibilidade para começar a marcha heróica da humanização.
Por outras palavras, a hominização é, na verdade, o barro amassado de que fala o Livro do Génesis, do qual emerge o Homem.
Calmeiro Matias
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