II- ESPÍRITO SANTO E VIDA ESPIRITUAL
Segundo o relato bíblico da criação do Homem, Deus insuflou o seu Espírito no interior do barro, a fim deste se tornar um ser vivente (Gn 2, 7).
Após esta comunicação primordial do Espírito Santo, o Homem torna-se um barro com coração, isto é, capaz de emergir como pessoa livre, consciente, responsável e capaz de amar.
Por outras palavras, a comunicação primordial do Espírito da Deus dá início ao processo histórico da humanização do Homem.
A humanização dos seres humanos é uma tarefa que implica o empenho de cada pessoa.
Por outras palavras, ninguém pode humanizar a pessoa do outro, embora esta também só se possa humanizar em relações com os demais.
A lei da humanização acontece como “emergência pessoal mediante relações de amor e convergência para a comunhão universal.
A base da humanização é, como vimos, a grande novidade da hominização, essa complexidade biológica que pertence à cúpula dos seres vivos da Terra.
No entanto, a evolução animal que chegou à hominização não é capaz de realizar a marcha histórica da humanização.
A humanização não pode acontecer sem um contexto de relações com a qualidade do amor.
Por outras palavras, a calda própria para se desenvolver o processo da humanização é a dinâmica das relações com a temperatura do amor.
Podemos dizer que o amor é uma dinâmica de bem-querer que tem como origem a pessoa e como meta a comunhão.
Calmeiro Matias
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