II-EUCARISTIA E COMUNHÃO COM CRISTO
Na verdade, os que são alimentados pela Carne e o Sangue de Cristo formam uma união orgânica com ele, tal como ele forma uma união orgânica com o Pai:
“Quem come a minha carne e bebe o meu sangue fica a morar em mim e eu nele.
Assim como o Pai que me enviou vive e eu vivo pelo Pai, também aquele que me come viverá por mim” (Jo 6, 56-57).
É esta a linguagem profunda do sacramento da Eucaristia, tal como a descreve o evangelho de são João.
É o Espírito Santo que anima e fortalece a nossa comunhão com Cristo, a qual acontece como uma união orgânica que faz emergir em nós a Vida Nova e nos torna fecundos:
“Permanecei em mim e eu permanecerei em vós. Tal como o ramo da videira não pode dar fruto por si mesmo, mas apenas permanecendo unido à videira, assim também acontecerá convosco se não permanecerdes em mim.
Eu sou a videira e vós os ramos. Quem permanece em mim e eu nele esse dá muito fruto, pois sem mim nada podeis fazer” (Jo 15, 4-5).
A Eucaristia é uma celebração que explicita a união orgânica de Cristo com a Humanidade, a qual é alimentada pelo Espírito Santo.
Ao ressuscitar, Cristo passou da face exterior para a face interior da realidade. Com efeito, Jesus, ao ressuscitar, entrou nas coordenadas da interioridade máxima da realidade, ficando mais interior a nós que nós mesmos.
Esta interioridade máxima é a morada de Deus cujas coordenadas são a universalidade e a equidistância a tudo e a todos.
É verdade que a nossa interioridade espiritual e a interioridade espiritual de Deus não coincidem, pois Deus é transcendente.
Na verdade, não há distância entre a nossa interioridade espiritual e a interioridade onde Deus habita.
Podemos dizer que o ponto onde termina a nossa interioridade espiritual limitada tem início a interioridade espiritual ilimitada da comunhão Universal do Reino de Deus.
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