sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

UM CORAÇÃO QUE SÓ DEUS PREENCHE-II

II-DEUS É PRINCÍPIO E PLENITUDE DO HOMEM

A dignidade da pessoa humana começa no facto de não nascer determinada.

Somos realmente semelhantes a Deus, pois só podemos emergir e estrutura-nos em contexto de comunhão amorosa.

A vida pessoal em comunhão familiar amorosa é a única realidade que existiu desde toda a eternidade.

Com efeito, no princípio, só existia Deus, emergência permanente de três pessoas de perfeição infinita em total convergência de comunhão amorosa.

A génese das galáxias ainda não tinha sido iniciada e já existia a comunhão familiar divina.

Como Deus é amor, a génese do Universo foi iniciada pela força criadora do Amor.

Como sabemos, a plenitude da pessoa não está em si, mas na comunhão amorosa.

Se a Divindade é comunhão amorosa de três pessoas, então Deus é vida em plenitude, pois a plenitude da vida amorosa não é a pessoa mas a comunhão.

Podemos dizer que a vida em plenitude precedeu o Universo!

Ainda antes da explosão primordial que deu início à génese do Universo, Já existia o Amor.

A Humanidade está a emergir e a constituir-se como comunhão de pessoas.

É verdade que as pessoas humanas não são iguais às divinas, mas são-lhe proporcionais.

Com efeito, as pessoas humanas já podem entrar em reciprocidade de comunhão amorosa com as pessoas divinas.

Esta possibilidade tornou-se realidade pelo mistério da Encarnação através do qual o divino se enxertou no humano.

Graças a este enxerto, as pessoas humanas são assumidas e plenificadas na comunhão com as divinas.


Em Comunhão Com Deus
Calmeiro Matias



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