À luz da Fé em Cristo ressuscitado, a morte é o acontecimento que possibilita o nosso pleno nascimento.
Podemos dizer que a nossa vida tem sentido na medida em que vivemos para amar e vamos morrendo por amor, isto é, à medida em que nos vamos gastando pelas causas do amor.
O amor é, pois uma dinâmica de bem-querer que vale tanto para viver como para morrer. O amor é o único caminho que conduz à plenitude da Vida.
A plenitude da Vida acontece, pela entrada no regaço da Santíssima Trindade cujo coração é um diálogo permanente de amor onde cabe Jesus de Nazaré e, com ele, toda a Humanidade.
Como Árvore que nos dá o fruto da Vida Eterna, Jesus Cristo, no momento da sua morte e ressurreição, abriu-nos as portas do Paraíso.
É isto mesmo que Jesus diz ao Bom Ladrão no momento da sua morte e ressurreição:
“Em verdade te digo:”hoje mesmo estarás comigo no Paraíso” (Lc 23, 43).
Jesus, o Novo Adão, abre as portas que tinham sido fechadas a Adão (Gn 3, 23-24). A ressurreição de Cristo é a garantia de que a meta para a qual estamos a caminhar não é o vazio da morte, mas sim a Vida Eterna.
Na verdade, não basta a pessoa ser imortal para atingir a plenitude da vida, pois os que porventura estejam em situação de inferno são imortais, mas não possuem a Vida Eterna.
Por outras palavras, a Vida Eterna atinge-se mediante a ressurreição com Cristo.
Por Adão veio a morte, diz a carta aos Romanos. Por Cristo, o Novo Adão, veio a Vida Eterna (Rm 5, 18).
Na verdade que só ressuscita o que em nós é imortal. Mas a simples imortalidade não dá acesso à ressurreição em Cristo.
A Vida Eterna é conhecer Deus mediante a comunhão com ele em Cristo.
Calmeiro Matias
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