quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

PARTICIPAR NA RESSURREIÇÃO DE CRISTO-III

III- A MORTE É O PARTO DEFINITIVO

À luz da Fé em Cristo ressuscitado, a morte é o acontecimento que possibilita o nosso pleno nascimento.

Podemos dizer que a nossa vida tem sentido na medida em que vivemos para amar e vamos morrendo por amor, isto é, à medida em que nos vamos gastando pelas causas do amor.

O amor é, pois uma dinâmica de bem-querer que vale tanto para viver como para morrer. O amor é o único caminho que conduz à plenitude da Vida.

A plenitude da Vida acontece, pela entrada no regaço da Santíssima Trindade cujo coração é um diálogo permanente de amor onde cabe Jesus de Nazaré e, com ele, toda a Humanidade.

Como Árvore que nos dá o fruto da Vida Eterna, Jesus Cristo, no momento da sua morte e ressurreição, abriu-nos as portas do Paraíso.

É isto mesmo que Jesus diz ao Bom Ladrão no momento da sua morte e ressurreição:
“Em verdade te digo:”hoje mesmo estarás comigo no Paraíso” (Lc 23, 43).

Jesus, o Novo Adão, abre as portas que tinham sido fechadas a Adão (Gn 3, 23-24). A ressurreição de Cristo é a garantia de que a meta para a qual estamos a caminhar não é o vazio da morte, mas sim a Vida Eterna.

Na verdade, não basta a pessoa ser imortal para atingir a plenitude da vida, pois os que porventura estejam em situação de inferno são imortais, mas não possuem a Vida Eterna.
Por outras palavras, a Vida Eterna atinge-se mediante a ressurreição com Cristo.

Por Adão veio a morte, diz a carta aos Romanos. Por Cristo, o Novo Adão, veio a Vida Eterna (Rm 5, 18).

Na verdade que só ressuscita o que em nós é imortal. Mas a simples imortalidade não dá acesso à ressurreição em Cristo.

A Vida Eterna é conhecer Deus mediante a comunhão com ele em Cristo.

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias



Sem comentários: