segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

O SÉTIMO DIA É A VIDA ETERNA-II

II-O REPOUSO DO SÉTIMO DIA

Concluída a obra que havia feito, ao chegar o sétimo dia, Deus repousou de todo o trabalho que tinha realizado” (Gn 1, 26-2, 2).

Para o povo bíblico, o primeiro dia da semana é o domingo e o sábado é o sétimo.

O dia do repouso semanal, para o judaísmo era o sétimo dia.

Eis a razão pela qual o Livro do Génesis diz que Deus criou o Homem no sexto dia, reservando o sétimo dia para ser o dia do repouso (Gn 2,2).

O Descanso do sétimo dia não significa que Deus passou a não fazer nada.

Pelo contrário, o sétimo dia é o dia da plenitude em que Deus inicia uma Nova Criação, como diz São Paulo:

“Se alguém está em Cristo é um Nova Criação. Passou o que era velho. Eis que tudo se fez novo.

Tudo isto vem de Deus que nos reconciliou consigo em Cristo, não levando mais em conta os pecados dos homens” (2 Cor 5, 17-19).

À luz do Novo Testamento, o sexto dia, isto é, a criação do Homem, está liga ao sétimo, pois neste dia que o Homem é introduzido na Família de Deus.

Por outras palavras, a Criação entra no sétimo dia pelo mistério da Encarnação, graças ao qual o divino se enxerta no humano, a fim de a Humanidade ser divinizada.

Eis o que a este propósito diz o evangelho de São João:
“Veio para o que era seu, e os seus (judeus), não o receberam.

Mas a todos os que o receberam, aos que nele crêem, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus.

Estes não nasceram dos laços do sangue, nem de um impulso da carne, nem da vontade do Homem, mas sim de Deus. E o Verbo encarnou e habitou entre nós” (Jo 1, 11-14). Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

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