Com o aparecimento da Humanidade, as sementes de vida pessoal e espiritual germinaram neste Universo.
A Criação atingiu a plena possibilidade de comungar amorosamente com o Criador. Na verdade, a Humanidade é pessoas e a Divindade também.
A Divindade é uma comunhão orgânica e dinâmica de três pessoas. A Humanidade está a emergir em cada pessoa concreta e a estruturar-se como comunhão orgânica e dinâmica de pessoas.
Só não participa na plenitude da Vida Eterna a pessoa que se estrutura em atitude de recusa incondicional ao Amor.
Neste caso, a pessoa fica reduzida a si. No Céu, o plural de eu é nós. No estado de perdição, o plural de eu é “eus”, pois as pessoas ficam enroscadas e reduzidas a si.
Ao criar-nos, diz São Paulo, Deus predestinou-nos para sermos conformes com o Seu Filho, a fim deste ser o primogénito de muitos irmãos (Rm 8, 28-29).
O que São Paulo quer dizer é que estamos talhados para a Comunhão Universal da Família de Deus.
A Carta aos Colossenses diz que Deus quis que, em Cristo ressuscitado, residisse a plenitude de todas as realidades (Col 1, 18-19).
O cristão, ao falar da morte, não pode deixar de anunciar a sua esperança na Vida Eterna.
Ao mesmo tempo deve convidar as pessoas a realizarem-se numa dinâmica de amor e comunhão com os irmãos.
Calmeiro Matias
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