O Homem Novo, pelo contrário, vence a morte, pois é incorporado na Família de Deus com Cristo ressuscitado.
Morrer para dar vida é a maneira mais perfeita de rebentar os muros estreitos da própria morte.
A pessoa nasce para a vida nova na medida em que a vida velha se vai gastando pelas causas do amor.
Felizes dos que sabem ir morrendo, a fim de facilitar o crescimento e a felicidade dos irmãos.
Há seres humanos que estão a renascer todos os dias, crescendo de modo permanente para a plenitude da vida.
Há muitas pessoas que ao tomarem consciência da proximidade da sua morte, sentem mais vontade de gastar a vida pelas causas do amor.
Só o amor torna fecunda a vida das pessoas. Eis a razão pela qual a consciência da própria morte é para muitas pessoas um apelo a amar mais plenamente.
Podemos dizer que a morte é o parto final para o nascimento definitivo.
À luz da fé, a morte surge como o rebentar da casca do ovo em cujo interior foi germinando o pintainho, isto é, a nossa interioridade pessoal-espiritual.
Por ser espiritual esta interioridade pessoal não cai sob a alçada da morte.
É verdade que o nosso ser exterior, pela morte, entra nos circuitos físicos e químicos da natureza.
O nosso ser interior, pelo contrário, pelo acontecimento da morte nasce e é assumido na plenitude da comunhão familiar de Deus.
Isto quer dizer que a morte nos possibilita a entrada na vida eterna, a qual acontece de modo familiar: passamos a ser filhos de Deus Pai e irmãos de Deus Filho (Rm 8, 14-17).
Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias
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