IV-A MARCHA DA LIBERTAÇÃO
O pão ázimo, isto é, não fermentado, é o sinal da urgência. Não há tempo para deixar o pão fermentar.
Além disso, acrescentou Moisés, deveis comer de pé, a fim de estardes preparados para partir, a fim de percorrerdes o caminho da libertação.
Tende coragem, pois na terra para onde o Senhor vos vai conduzir, os frutos têm sabor a mel e a requeijão.
Ao entardecer, o povo começou a preparar a refeição. Por volta da meia-noite, quando as famílias já tinham jantado, ouviu-se um grito cheio de angústia e desespero:
Era o grito de uma mãe egípcia que acabava de perder o seu filho primogénito.
Logo a seguir, ouve-se outro grito e outro, e outro e outro e muitos outros.
Em cada família egípcia, a peste espalhada pelo anjo da morte nas casas dos egípcios, matava o primogénito, isto é, o filho mais velho dessa família.
Mas ao ver o sinal do sangue nas portas dos hebreus, o anjo da morte passava à frente.
Algum tempo depois ouve-se uma forte trombeta. Logo a seguir outra e outra. Depois ouvem-se muitas flautas.
Eram os músicos hebreus a avisar que chegara a hora de partir.
Os músicos assinalavam a hora da intervenção de Deus. As trompetes e as flautas eram o sinal da intervenção de Deus em favor dos filhos de Abraão.
Chegou o momento de iniciar a grande viagem da libertação, dizia Moisés.
Temos de ser fortes, pois a liberdade é uma conquista. Deus está connosco, mas não está em nosso lugar.
Temos de enfrentar provas difíceis: temos de atravessar o Mar Vermelho e enfrentar o perigo dos escorpiões e serpentes que abundam no deserto.
Depois acrescentou: temos de sofrer o tormento da sede, pois no deserto há pouca água.
Para termos sucesso na empresa da nossa libertação, temos de ser solidários.
Devemos dar-nos as mãos nos momentos difíceis, a fim de sermos mais fortes.
De facto, a tarefa da libertação só é possível se as pessoas forem amigas, leais e fraternas.
Segue-se depois o sinal da partida, dando início à longa viagem, a qual durou cerca de quarenta anos.
Por fim, os filhos de Abraão chegaram ao seu destino.
Muitos séculos depois, Deus visitou de novo a terra prometida através do seu Filho, o qual veio como Messias, a fim de libertar não apenas os filhos de Abraão mas toda a Humanidade.
Jesus Cristo veio para realizar uma Páscoa mais perfeita.
Na véspera da sua morte e ressurreição, Jesus inaugurou a Páscoa da Nova e Eterna Aliança, a qual é o início de uma libertação plena que Deus oferece a todos os povos, raças e nações da terra.
Ao ressuscitar, Jesus Cristo oferece à Humanidade o grande dom do Espírito Santo, o qual nos proporciona a Vida Eterna.
O Espírito Santo é o grande dom da Nova Páscoa. Através dele a Salvação ficou ao alcance de todos os seres humanos.
É pelo Espírito Santo que os seres humanos passam a fazer parte da Família de Deus.
A Ceia Pascal, agora, deixou de ser o cordeiro imolado, para ser o próprio Jesus Cristo que se dá a todos nós como alimento de vida eterna.
Ao dar-nos o Espírito Santo, Jesus inaugurou a Páscoa da Nova Aliança, fazendo-nos participar com ele da vida eterna.
Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias
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