II-A NOITE DA PASSAGEM DO SENHOR
Entre outras coisas, Moisés garantiu aos hebreus que a noite que se avizinhava seria uma noite gloriosa para os filhos de Abraão e um noite trágica para os egípcios.
Lembrai-vos, dizia Moisés, de que o Senhor jurou a Abraão que não permitiria que os seus filhos fossem dominados pelos seus inimigos.
Deus fez compreender a Moisés que aquela noite seria a noite da Páscoa, isto é, a noite da passagem libertadora de Deus.
Esta é a noite escolhida por Deus para intervir em vosso favor.
Entrai nas vossas casas e preparai as coisas para partir.
Os egípcios nem suspeitam o que está para lhes acontecer nesta noite.
O Senhor vai chegar como juiz. Esta noite vai julgar e condenar os nossos opressores, acrescentou Moisés.
Como mais tarde diria o profeta Oseias, o povo hebreu é o filho primogénito de Deus. Deus vai chamar o seu filho do Egipto:
“Quando Israel era ainda Menino, escreveu Oseias, eu amei o meu filho e chamei-o para que saísse da opressão do Egipto” (Os 11, 1).
Os egípcios têm esmagado o filho primogénito de Deus, dizia Moisés, tentando dar ânimo aos hebreus abatidos e sem esperança.
Esta noite a peste vai entrar nas casas dos egípcios, causando a morte de todos os seus primogénitos.
É este o sinal de que Deus vai tomar partido pelo seu filho primogénito.
A peste destruirá também os primogénitos dos animais domésticos dos egípcios.
Com estas e outras palavras, Moisés vai mentalizando os hebreus, alimentando neles a fé em Deus e a esperança na possibilidade da sua libertação.
Calmeiro Matias
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