quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

A MORTE E O SENTIDO DA VIDA-II

II-A MORTE E O SENTIDO DA VIDA

O homem espiritual tem de nascer pelo Espírito Santo, tal como o homem biológico nasce da carne (Jo 3, 6).

Isto quer dizer que, de facto, nascemos para voltar a nascer. Nesta perspectiva, a morte surge como a derradeira possibilidade de voltar a nascer pelo Espírito Santo.

A consciência da nossa morte ilumina o sentido mais profundo que a vida tem. Por outras palavras, os sentidos da vida e da morte caminham a passo igual.

É por esta razão que, normalmente, o horizonte mais amplo do sentido da vida acontece na fase final da existência da pessoa.

Podemos dizer que as causas que valem para viver são as mesmas que valem para morrer: o amor.

Na verdade, quem morre por amor nasce para a vida plena, como Jesus ensinou: “É este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros como eu vos amei.

Ninguém tem mais amor do que aquele que dá a vida pelos seus amigos” (Jo 15, 12-13). Felizes os que fazem do amor a razão primeira da sua vida.

Para estas pessoas, a morte acaba por parecer a possibilidade derradeira para renascer para a Vida Eterna.

Felizes as pessoas que sabem ir morrendo para dar vida, pois podem estar seguras de que participarão de modo pleno na ressurreição com Cristo.

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

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