É nesta altura que acontece um incidente que revela bem a fragilidade da personalidade de São Pedro:
Logo chegou começou por comer e celebrar a Eucaristia com os cristãos de origem pagã. Mas, quando apareceram alguns defensores da visão rígida de Jerusalém, São Pedro começou a afastar-se da mesa e da Eucaristia dos pagãos cristãos.
O grupo conservador de Jerusalém estava ligado a Tiago, o irmão do Senhor, o qual era o chefe da comunidade de Jerusalém.
A situação complicou-se quando Barnabé se juntou a São Pedro, entrando neste jogo duplo (Gal 2, 12-13).
É então que são Paulo enfrenta os enviados de Tiago com dureza (Gal 2, 14). Referindo-se a este acontecimento, São Lucas relata-o de modo diferente, a fim de não chocar os cristãos de origem pagã.
Diz apenas que Paulo e Barnabé programaram uma viagem pelas cidades onde existiam comunidades.
Barnabé queria levar consigo João Marcos, a fim de colaborar com eles na obra do Evangelho.
São Paulo opôs-se, pois não achava João Marcos capaz de realizar esta missão.
Após uma discussão acesa, São Paulo e Barnabé separaram-se. Barnabé foi para Chipre e São Paulo, acompanhado de Silas, foi visitar outras comunidades às quais estava ligado (Act 15, 35-41).
São Lucas omite totalmente o incidente de São Paulo com São Pedro. Do mesmo modo, omite as razões profundas da separação Barnabé.
Nos últimos treze capítulos dos Actos, São Pedro e Barnabé desaparecem. Daqui em diante, o tema é a coragem missionária de missão de São Paulo e a força do Espírito Santo a actuar nele.
É a comunidade de Antioquia, não a de Jerusalém, que impõe as mãos a Paulo e o envia para a missão entre os pagãos (Act 13, 2-3).
Calmeiro Matias
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