Podemos dizer que a perseguição dos diáconos acabou por ser um grande bem para a causa do Evangelho.
Ao dispersarem-se, os diáconos começaram a anunciar o Evangelho aos pagãos das zonas por onde passavam.
E foi assim que o diácono Filipe, conduzido pelo Espírito Santo, sai de Jerusalém para iniciar a evangelização da Samaria.
A iniciativa deste trabalho evangelizador não partiu da comunidade de Jerusalém (Act 8, 29).
Daqui, a importância de a sua obra ser confirmada. Foi então que Pedro e João decidiram subir até à Samaria para confirmar o trabalho de Filipe:
“Quando os Apóstolos tiveram conhecimento de que a Samaria recebera a Palavra de Deus, enviaram para lá Pedro e João.
Estes foram até lá e oraram pelos Samaritanos para que estes recebessem o Espírito Santo que ainda não descera sobre nenhum deles.
Tinham apenas recebido o baptismo em nome do Senhor Jesus. Pedro e João iam impondo as mãos sobre os samaritanos, os quais iam recebendo o Espírito Santo” (Act 8, 14-17).
Não devemos ficar com a ideia de que o Espírito Santo é uma coisa que se transmite de maneira mágica:
No relato da pregação de Pedro em casa de Cornélio acontece o contrário. Os pagãos recebem o Espírito Santo ao ouvirem a Palavra, ainda antes de serem baptizados.
Como vemos, o baptismo no Espírito, no caso dos adultos, acontece antes da celebração litúrgica do baptismo e sem qualquer imposição das mãos (Act 10, 44-45).
Segundo o relato da Evangelização da Samaria, os Samaritanos já tinham acolhido a Palavra de Deus através da acção evangelizadora de Filipe (Act 8, 14b).
Em Comunhão convosco
Calmeiro Matias
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