V-HUMANIZAÇÃO E FÉ
A pessoa humanizada tem sempre presente de que os outros são um dom de Deus.
Com efeito, os demais são mediações que Deus nos concede para nos realizarmos como pessoas livres, conscientes, responsáveis e capazes de comunhão amorosa.
A pessoa humanizada tem consciência de que a sua realização e felicidade, depende do modo como vive as relações com os outros.
Graças à sabedoria que nos vem da Palavra de Deus, nós sabemos que a nossa plenitude nem sequer pode acontecer sem os outros.
Na verdade, é com os outros que nós faremos parte da Família de Deus, a qual não assenta nos laços do sangue mas sim no vínculo maternal do Espírito Santo.
Lembremo-nos de que não somos bons em tudo. Na verdade, há coisas em que os outros são muito melhores do que nós.
A pessoa humanizada não tem nunca a pretensão de ser a medida dos outros.
Além disso, sente-se agradecida quando sente que os outros estão a ser atentos e respeitadores da sua originalidade e diferença.
A pessoa que tenta controlar e manipular os outros nunca conseguirá ser um ser profundamente humanizado.
Na verdade está a impedir que a Humanidade possa emergir com a sua novidade e diferença no outro.
Na verdade a marcha da humanização assenta no princípio fundamental de que cada pessoa é única, original e irrepetível.
As pessoas que põem o amor e a fraternidade em primeiro plano são uma mediação privilegiada de humanização para nós.
A pessoa que aceita o outro, apesar dos seus defeitos, está a dar passos largos na tarefa da sua humanização.
A pessoa humanizada entende os ensinamentos de Jesus segundo os quais a pessoa tem de lutar contra as forças negativas do pecado, o grande obstáculo ao processo da humanização.
À medida em que se humaniza, a pessoa deixa de alimentar ressentimentos ou planos de vingança em relação aos outros.
A pessoa humanizada não dá coisas para amarrar os outros.
A marcha da humanização conduz ao dom e à comunhão.
Como ternura maternal de Deus a actuar no nosso coração, o Espírito Santo é quem nos incorpora na Família de Deus (Rm 8. 14-17).
São Paulo diz que o Espírito Santo é o amor de Deus derramado nos nossos corações (Rm 5,5).
É ele quem nos ajuda a caminhar de modo seguro nesta arte delicada da nossa humanização, condição essencial para sermos divinizados com Cristo.
Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias
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