segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

A TAREFA DA HUMANIZAÇÃO DO HOMEM-III

III-PASSOS PARA A HUMANIZAÇÃO

Eis alguns passos fundamentais para acontecer a humanização do ser humano:

À medida em que se humaniza, a pessoa torna-se humilde.

A humildade é a capacidade de a pessoa se relacionar com os outros numa linha de verdade, sabendo situar-se no convívio com os outros de modo correcto e adequado.

Na verdade, ser humilde é ser verdadeiro em relação a si e aos outros.

Ser humilde é aceitar que a pessoa humana, para se realizar, precisa dos outros.

Na verdade, a plenitude da pessoa não está em si, mas na reciprocidade da comunhão.

Não há humanização sem capacidade de diálogo e comunhão com os outros.

As pessoas demasiado enredadas em si só conseguem escutar-se a si e, por isso, não são capazes de sintonizar e comungar com os outros.

O homem humanizado reconhece os próprios erros e sabe que só o amor cura as feridas que o pecado abriu no seu coração e no coração dos irmãos.

O homem de coração humanizado não está sempre a culpar os outros das suas culpas, insatisfações e fracassos.

A pessoa que se empenha na tarefa da humanização não está sempre a julgar os outros e muito menos a culpá-los pelos nossos fracassos.

A pessoa que está sempre a criticar em geral anda a fugir de si e, muitas vezes, a projectar os próprios defeitos na pessoa dos irmãos.

À medida em que se humaniza, a pessoa procura ser amável e serena nas relações com os irmãos.

Procedendo assim está a preparar-se para receber a bênção prometida aos mansos, os quais, disse Jesus, possuirão a terra (Mt 5, 5).

A pessoa humanizada sabe que a amabilidade é a grande arma para desmontar as setas da agressividade com que os outros pretendem destruí-la.

Ter a gentileza de dar a primazia ao outro é uma atitude que gera comunhão.

A pessoa humanizada tem a sabedoria para discernir sobre os momentos oportunos para falar e as melhores ocasiões para saber calar e escutar.

É um excelente sinal de maturidade saber evitar discussões inúteis que só servem para exaltar os ânimos.

Este procedimento não ajuda o processo da humanização das pessoas.

É um excelente sinal de sabedoria e humanização saber reconhecer quando o outro tem razão.

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

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