II-FOI A REVELAÇÃO DA MISERICÓRDIA DE DEUS
Jamais defendeu a morte dos pecadores, apesar de sonhar com a com a destruição do pecado, essa dinâmica negativa que impede a humanização das pessoas.
Foi esta a razão pela qual inaugurou o baptismo no Espírito, pois ele sabia que só o Espírito Santo é capaz de renovar o coração das pessoas.
Costumava dizer que os seres humanos têm de nascer de novo pelo Espírito Santo, a fim de atingirem a densidade da vida nova (Jo 3,6).
Denunciava os que oprimiam em nome da política, do dinheiro ou da religião.
Passou a vida a fazer o bem. Eis a razão pela qual nunca deixou ninguém mais pobre ou com falta de sentidos para viver.
Nunca deixou ninguém mais pobre ou com falta de sentidos para viver.
Não fazia alarde dos seus gestos de doação ou generosidade.
A sua mensagem e as atitudes que tomava punham em causa as forças opressoras que dominavam a sociedade do seu tempo.
Eis a razão pela qual os poderosos não queriam que ele vivesse.
Apesar de passar a vida a fazer bem a toda a gente, eram muitos os que desejavam a sua morte.
Os que o odiavam mataram-no, pensando que, deste modo, faziam calar de uma vez por todas a sua voz profética.
Apesar de se aperceber disto, Jesus não desistiu da sua missão, pois vivia e agia como um profeta de modo total e incondicionalmente fiel.
No íntimo do seu coração, o Espírito Santo dizia-lhe que Deus toma partido pelos que gastam a vida pelas causas do amor.
Tinha a certeza de que Deus é fiel e de que a sua missão vinha dele.
Eis a razão pela qual ele estava seguro de que Deus não o deixaria ficar no vazio da morte, apesar das intenções assassinas dos seus inimigos.
Como se deu totalmente, a sua vida deixou de ser apenas sua. Ao partilhar-se totalmente, a sua vida passou a ser também nossa.
De facto, Deus confiou-lhe uma missão em favor de todos os homens.
Por isso, ao ressuscitar, a sua vida passou a ser uma vida partilhada e difundida pelo coração de todas as pessoas.
O Espírito Santo que o habitava em plenitude tornou-se o Sangue da Nova Aliança a circular nas veias do Nosso coração, comunicando-nos a vida divina (Rm 8, 14-17).
Levou o amor até à sua profundidade máxima, isto é, dar a vida por aqueles a quem se ama, como ele mesmo ensinou (Jo 15, 13.
Tornou-se a cepa da videira cujos ramos são todos os seres humanos.
À medida em que nos vai comunicando o Espírito Santo, o nosso coração é recriado e configurado com o seu coração.
Os que acolhem a sua Palavra começam a compreender e a entrar na Comunhão Universal da Família de Deus.
Os que o odiavam destruíram a sua tenda, deixando-a vazia.
Mas Deus restaurou a sua vida, fazendo dele o alicerce da Nova Humanidade.
Como pão que se reparte para alimentar os outros, partilhou os bens, a vida e a Palavra de Deus.
Só atacava o que desumaniza o homem e o impede de se realizar e ser feliz.
Nunca confundia o pecado com o pecador. Ao pecador desejava libertá-lo, curando o seu coração das feridas do seu pecado.
A vitória sobre o pecado acontece no coração das pessoas pela acção do Espírito Santo que nos vai fazendo passar do egoísmo para o amor e a comunhão fraterna.
Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias
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