III-A DIMENSÃO ESPIRITUAL DA LIBERDADE
Mas ninguém é capaz de roubar a liberdade de uma pessoa, pois esta é uma dimensão espiritual.
A liberdade pertence à interioridade máxima da esfera espiritual da pessoa.
Jesus disse que quem comete o pecado é escravo do pecado (Jo 8, 34).
O pecado é exactamente o contrário do amor. É a recusa da pessoa humana a realizar-se mediante relações de amor.
Cristo libertou-nos das amarras do medo e deu-nos duas asas fundamentais para voarmos em direcção à liberdade: o Espírito Santo e a Palavra de Deus.
As asas não se nos impõem, mas capacitam-nos para voar.
Os seres humanos voam mais alto se entrarem em sintonia com a força de voar que vem da Palavra de Deus e do Espírito Santo.
Eis o que diz o evangelho de São João: “Se permanecerdes na minha Palavra sereis meus discípulos, tornar-vos-eis conhecedores da verdade e a verdade vos libertará” (Jo 8, 31-32).
A Palavra de Deus, por ser a verdade, dá-nos os critérios certos para optarmos e decidirmos na linha do amor, condição fundamental para sermos livres.
A verdade é a compreensão e a enunciação correcta e adequada da realidade de Deus, do Homem, da História e do Universo.
No nosso íntimo, Deus é um grito que nos convida a agir de acordo com o amor, a fim de sermos livres.
A liberdade não é uma coisa que possamos dar aos outros, mas podemos facilitar o processo de libertação de uma pessoa.
A afirmação segundo a qual Deus nos dá a liberdade precisa de ser explicada:
Em primeiro lugar é preciso saber que todos os dons de Deus nos são feitos em forma de talentos, isto é, possibilidades de realização.
Esta é uma condição essencial para as dádivas divinas serem dons. Se assim não fosse não seriam dons mas imposições.
Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias
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