quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

O HOMEM A QUEM CHAMAVAM LOUCO-III

III-A FELICIDADE IMPLICA COMPROMISSO E FIDELIDADE

Na Cidade Nova, as pessoas não sabem o que é não encontrar sentidos para viver, pois todas se sentem amadas chamadas a amar.

O amor é considerado uma razão que vale tanto para viver como para morrer. Na verdade, quando uma pessoa morre para salvar outra, ninguém vê nisso uma falta de sentido.

Jesus disse que o amor atinge a sua realização máxima quando uma pessoa dá a vida pelos outros. Eis as suas palavras:

“É este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros como eu vos amei.
Ninguém tem maior amor do que a pessoa que dá a vida pelos seus amigos” (Jo 15, 12-13).

Nas cidades velhas, as pessoas definham por falta de sentidos para viver.

Na verdade, a vida sem sentidos é uma das principais causas de perturbações psíquicas e doenças mentais graves.

É por esta razão que nas cidades velhas há tantas pessoas doentes e sem gosto de viver.

Na Cidade Nova todas as pessoas se sentem aceites pelos talentos que têm, sejam muitos ou sejam poucos.

Eis a razão pela qual todos crescem, pois o homem faz-se, fazendo.

Por outras palavras, na Cidade Nova as pessoas não se sentem marginalizadas ou bloqueadas nas possibilidades de se realizarem tal como são.

Nesta cidade as pessoas sabem que cada ser humano é único, original e irrepetível.

É admirável ver como os habitantes da Cidade Nova são pessoas humildes.

A humildade é a capacidade de se relacionar com os outros numa linha de verdade e de se situar no convívio do dia a dia de modo correcto e adequado.

Desde pequeninos que os habitantes da Cidade Nova aprendem a escutar e compreender os outros.

As crianças são estimuladas a dizerem o que sentem, sem medos nem angústias.

Não há pessoa com carências na Cidade Nova. Também não acontece a desumanização devido ao excesso de riquezas.

As aspirações mais profundas das pessoas concretizam-se em projectos de vida e instituições de encontro, convívio e diálogo fraterno.

As famílias são a calda fundamental onde o amor faz acontecer a humanização das pessoas.

Nesta cidade, todas as pessoas encontram possibilidades de realização pessoal, condição essencial para serem felizes.

Os habitantes Cidade Nova são capazes de partilhar de modo espontâneo.

Todos gostam de dar o melhor de si e receber o melhor dos outros. Por isso não há pessoas machucadas.

Aprender, não é tarefa aborrecida, pois é sobretudo um empenhamento criativo.

Por isso se observa nas pessoas uma série enorme de atitudes e comportamentos que exprimem criatividade, partilha, diálogo e apreço pelos demais.

Devido aos princípios de fraternidade que modelam a consciência social da Cidade Nova, a saúde para todos é um direito plenamente adquirido.

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

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