Foste mãe de modo plenamente livre, apesar da tua maternidade ter sido um dom de Deus.
De facto, os dons de Deus são-nos concedidos em forma de possibilidades, a fim de os podermos aceitar ou não.
Na verdade, o nosso Deus jamais nos manipula ou violenta.
Isto quer dizer que Deus, por ser amor, propõe-se à pessoa humana, mas nunca se nos se nos impõe.
Assim aconteceu contigo Maria:
Deus convidou-te e tu assumiste de modo consciente e livre a tua missão maternal, vivendo-a como uma vocação.
Isto quer dizer que a tua maternidade messiânica é fruto de um chamamento de Deus.
Tu és, Maria, a mulher fiel!
És a nossa Senhora da gratidão, pois respondeste ao chamamento de Deus com o teu “Magnificat”.
Foste uma esposa carinhosa e mãe de doação total. E como amaste de coração inteiro, és a Senhora do amor virginal.
Aprofundaste o mistério do teu Filho, meditando as Escrituras.
Compreendeste o alcance espiritual da sua missão salvadora.
Nunca pretendeste ser a rainha mãe…
Por isso estavas preparada para orientar os discípulos após a Páscoa.
Estes, ao contrário de ti, pretendiam ser ministros de um reino terreno do teu Filho (Mc 10,35ss).
O Espírito Santo encontrou um eco perfeito no teu coração.
Graças à tua fidelidade plena e incondicional, o Filho de Deus, no teu seio, tornou-se nosso irmão.
Na verdade, foi no teu seio que o divino se enxertou no humano, a fim de todos nós sermos divinizados:
Jesus de Nazaré, o teu Filho, e o Filho Eterno de Deus ficaram unidos de modo orgânico, interactivo e dinâmico, graças à acção maternal do Espírito Santo.
E foi assim que todos nós fomos beneficiados pela tua maternidade, tornando-nos filhos de Deus no teu Filho, sendo incorporados com ele na comunhão da Santíssima Trindade.
Ao longo das gerações o teu nome tem sido bendito, realizando-se deste modo a profecia de São Lucas o evangelista.
Como a nossa identidade histórica se mantém no Reino de Deus, tu foste assumida na Família de Deus como mãe do Messias Salvador.
Tu és, Maria, a Nossa Senhora do sim!
Na verdade, tu és bendita entre todas as mulheres…
No acontecimento histórico de Jesus Cristo o teu amor maternal interagiu com o Espírito Santo que é o amor maternal de Deus.
Isto quer dizer que o divino se enxertou no humano graças à acção do Espírito Santo e ao teu sim incondicional.
Por teres amado de coração inteiro, foste assumida na plenitude máxima da vida.
Bendita sejas, Maria, por teres tomado Deus a sério. Foi também com este jeito que preparaste o coração do teu Filho para a sua doação total a Deus e ao Homem.
Com seu jeito maternal de amar, o Espírito Santo optimizou o teu amor maternal, conferindo-lhe esse jeito divino de amar.
E foi assim que no teu seio, o Céu se uniu à Terra!
Viveste a tua maternidade como um serviço a Deus e à Humanidade.
Sob o teu olhar maternal, o teu Filho crescia e ia sendo consagrado, isto é, optimizado, pela acção do Espírito Santo cuja plenitude o habitava (Lc 4, 18-21).
Através de ti Deus concedeu aos homens a melhor dádiva que tinha para lhes dar.
Maria,
Tu és realmente Bendita entre todas as mulheres!
Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
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