domingo, 28 de dezembro de 2008

O REINO DE DEUS TEM COMO LEI O AMOR-II

II-O REINO DE DEUS COMO PROCESSO

Felizes dos que sabem dar conteúdo ao seu futuro, construindo-se como pessoas no presente.

Com efeito seremos assumidos e incorporados na Festa do Reino de Deus na medida em que nos tenhamos construído como pessoas capazes de relações de amor e reciprocidade comunitária.

Por outro lado, a interioridade pessoal-espiritual emerge progressivamente mediante opções, atitudes e relações de amor.

Jesus tinha consciência de ser um homem a viver uma condição original face a Deus. Isto era notado pelo modo como falava da sua relação com Deus.

Jesus sabia que a génese do Reino de Deus estava em processo no seu íntimo. São Lucas exprime esta consciência que Jesus tinha da sua originalidade face a Deus dizendo:

“Jesus veio a Nazaré, onde se tinha criado. Segundo o seu costume, entrou em dia de sábado na sinagoga e levantou-se para ler.

Entregaram-lhe o livro do profeta Isaías e, desenrolando-o, deparou com a passagem em que está escrito:

“O Espírito do Senhor está sobre mim, pois ungiu-me para anunciar a Boa Nova aos pobres.
Enviou-me a proclamar a libertação aos cativos, a recuperação da vista aos cegos, a mandar em liberdade os oprimidos e a proclamar o ano da graça.”

Depois, enrolou o livro, entregou-o ao responsável e sentou-se. Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele.

Depois, Jesus dirige-lhes a palavra, dizendo: “Cumpriu-se hoje esta passagem da Escritura que acabais de ouvir” (Lc 4, 16-21).

Os evangelhos insistem na proximidade do Reino de Deus. Eis o que diz São Marcos: “Depois de João ter sido preso, Jesus foi para a Galileia, e proclamava a Palavra de Deus, dizendo:

“Completou-se o tempo e o Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e acreditai no Evangelho” (Mc 1, 14-15).

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

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