São Paulo diz que todo o que ama a Deus é conhecido pelo próprio Deus: “ Mas se alguém ama a Deus, esse é conhecido por Deus (1 Cor 8, 3).
O princípio animador desta interacção amorosa é o Espírito Santo: “Nós damo-nos conta que permanecemos em Deus e ele em nós, por nos ter feito participar do seu Espírito” (1 Jo 4, 13).
A Primeira Carta aos Coríntios afirma que ninguém pode conhecer Jesus Cristo ressuscitado a não ser pelo Espírito Santo:
“Ninguém é capaz de Dizer: “Cristo é o Senhor ressuscitado” a não ser pelo Espírito Santo” (1 Cor 12, 3).
Devido ao facto de acontecer como interacção amorosa, o conhecimento de Deus contém em si mesmo uma força salvadora.
O conhecimento de Deus não é uma questão de conceitos e palavras. Estes, por si mesmos não salvam, diz Jesus:
“Nem todo aquele que me diz “Senhor, Senhor” entrará no Reino dos Céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos Céus” (Mt 7, 21).
A Salvação dá-se mediante a incorporação na Família de Deus. O ser humano entra na Comunhão Familiar de Deus, diz Jesus, através de uma relação amorosa:
“Aquele que fizer a vontade de meu Pai que está nos Céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe” (Mt 12, 5).
Quando a pessoa vive em sintonia com Deus, diz a Carta aos Filipenses, o próprio Espírito Santo nos leva a agir em harmonia com a vontade de Deus:
“É Deus quem opera em nós o agir e o operar, segundo a sua vontade” (Flp 2, 13). O conhecimento de Jesus Cristo está associado ao conhecimento de Deus Pai:
“Há tanto tempo que estou convosco, Filipe, e ainda não me conheces? Quem me vê, vê o Pai.” (Jo 14, 18).
Isto significa que o conhecimento de Cristo é o caminho para conhecermos o Pai: “Nesse dia compreendereis que eu estou no Pai, vós em mim e eu em vós” (Jo J0 14, 20).
Eis o que significa realmente conhecer Cristo e, através dele, conhecermos igualmente o Pai.
A Eucaristia é o sinal sacramental desta união orgânica que nos liga a Cristo e, através dele, com o Pai:
“Quem come a minha carne e bebe o meu sangue fica a morar em mim e eu nele.Assim como o Pai que me enviou vive e eu vivo pelo Pai, também aquele que me come viverá por mim” (Jo 6, 56-57).
Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias
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