A pessoa humana torna-se livre na medida em que opta pelo amor. A esta luz entendemos muito melhor a importância fundamental do mandamento de Jesus:
“Dou-vos um mandamento novo: amai-vos uns aos outros assim como eu vos amei. As pessoas saberão que sois meus discípulos se vos amardes uns aos outros” (Jo 13, 34-35).
Depois, Jesus acrescenta: “É este o meu mandamento: que vos amais uns aos outros como eu vos amei.
Ninguém tem mais amor do que a pessoa que dá a vida pelos seus amigos. Vós sois meus amigos se cumprirdes o meu mandamento.
Já não vos chamo servos, pois servos, pois o servo não está ao corrente do que faz o seu senhor.
A vós chamo-vos amigos, pois dei-vos a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai” (Jo 15, 12-15).
Amar é eleger o outro como alvo de bem-querer. Aceitá-lo como é, apesar de ser diferente, e agir de modo a facilitar a sua realização e felicidade.
Na verdade, o amor é uma dinâmica de bem-querer que tem como origem a pessoa e como meta a comunhão.
Isto quer dizer que a liberdade é uma conquista do Homem em construção. Isto significa que a pessoa apenas se torna livre, optando pelo amor.
Se a Verdade, como disse Jesus, nos faz crescer na liberdade, isto quer dizer que quanto mais a pessoa estiver na posse da verdade, mais capacitada está para optar e decidir no sentido do bem e do amor.
A Palavra de Deus é a Luz que nos capacita para compreendermos o mistério de Deus e do Homem, bem como o sentido das coisas e dos acontecimentos.
Por outras palavras, sem estar na posse da Verdade, o Homem não pode agir e relacionar-se de modo adequado e amoroso com a realidade.
O evangelho de São João diz que as pessoas que fazem o mal não se tornam livres. Optar pelo pecado é tornar-se escravo do pecado, disse Jesus (Jo 8,3).
Calmeiro Matias
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