Ao encontrar-se com o Homem, Deus realiza uma aliança familiar, acolhendo-nos como filhos em relação a Deus Pai e como irmãos em relação ao Filho de Deus.
Com o seu jeito maternal de amar, o Espírito Santo é quem nos introduz nesta comunhão orgânica da Família de Deus.
São Paulo intuiu muito bem este papel central do Espírito Santo na dinâmica da nossa divinização dizendo que ele é o amor de Deus derramado nos nossos corações (Rm 5,5).
Numa outra passagem da Carta aos Romanos, São Paulo diz que as pessoas que se deixam conduzir pelo Espírito Santo são filhos e herdeiros de Deus Pai e co-herdeiros com o Filho de Deus (Rm 8, 14-17).
Esta dinâmica de divinização acontece no coração da pessoa humana onde o Espírito Santo habita como num templo, diz a Primeira Carta aos Coríntios (1 Cor 3, 16).
Por ser a interioridade máxima do Universo, Deus está presente a todas as coisas, mas transcende-as infinitamente.
Mas os seres humanos, por estarem a construir-se como pessoas, são o interlocutor adequado para acolher a comunicação amorosa de Deus.
Por outras palavras, por estarmos em processo de realização pessoal somos seres proporcionais ao Deus de Jesus Cristo que é uma comunhão de três pessoas.
Calmeiro Matias
Sem comentários:
Enviar um comentário