III-O NASCIMENTO DO HOMEM NOVO
No momento da morte e ressurreição de Cristo a Humanidade deu um salto de qualidade:
O Homem, de não divino, passou a Humanidade assumida e incorporada com Cristo na comunhão familiar da Santíssima Trindade:
Nesse momento, o véu do templo rasgou-se de alto a baixo (Mt 27, 51). Isto quer dizer que a Humanidade tem acesso directo a Deus.
Na verdade, o véu do templo era um cortinado que separava o Santo dos Santos, isto é, o lugar sagrado da presença de Deus, da parte do santuário onde permaneciam os fiéis.
Só o sumo-sacerdote entrava no Santos dos Santos, passando para lá do véu do templo, a fim de comunicar com Deus.
O sétimo dia está inaugurado. Agora todos têm acesso a Deus como membros da sua família:
Filhos em relação a Deus Pai e irmãos em relação Filho de Deus (Rm 8, 14-17).
Foi, pois, no alto da cruz que teve início a divinização do homem. Este acontecimento, diz São Paulo, representa a plenitude dos tempos, isto é, a fase dos acabamentos em que o ser humano pode começar a chamar a Deus: “Abba ó papá” (Gal 4, 4-7).
Neste momento, diz São Mateus, os túmulos começam abrir-se e os justos a ressuscitar com Cristo (Mt 27, 52).
Isto quer dizer que foi no alto da cruz que teve início a ressurreição da Humanidade. Nesse momento Cristo revela-se como o Novo Adão, isto é, a cabeça da Nova Humanidade.
Nesta alvorada do sétimo dia dá-se a difusão do Espírito Santo, a Água viva que Jesus prometera.
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