IV-MARIA FOI DESCOBRINDO O PLANO DE DEUS
Na verdade, a compreensão plena do mistério de Cristo só foi claro para Maria após a experiência pascal.
Perante a grandeza dos planos de Deus, Maria limitava-se a guardar e meditar todas essas maravilhas no seu coração diz São Lucas:
“Jesus respondeu-lhes: “por que me procuráveis? Não sabíeis que devia estar em casa de meu Pai?”
Mas os seus pais não compreenderam as palavras que ele lhes disse. Depois desceu com eles, voltando para Nazaré, e era-lhes submisso.
Sua mãe guardava todas estas coisas no seu coração” (Lc 2, 49-51; cf. 2,19). A beleza, a inspiração e a garra profética do Magnificat é indiscutível. É significativo o facto de São Lucas o elaborar para pôr na boca de Maria.
Procedendo assim, ele sublinha não só a importância do papel maternal de Maria, mas também as suas qualidades para ser a grande mediação do Espírito Santo para o acontecimento messiânico.
Zacarias, o pai de João Baptista, não teve fé. Por isso ficou mudo até ao nascimento de seu filho:
“Eus sou Gabriel, aquele que está diante de Deus e fui enviado para te falar e te anunciar esta Boa Nova.
Vais ficar mudo, sem poder falar, até ao dia em que tudo isto acontecer, por não teres acreditado nas minhas palavras, que se cumprirão na altura própria” (Lc 1, 19-20).
Maria, pelo contrário, acredita, apesar de não compreender o alcance do que lhe está a ser pedido.
São Lucas sublinha expressamente que Maria, ao contrário de Zacarias, é possuidora de uma grande fé:
“Feliz de ti que acreditaste, porque se vai cumprir tudo o que te foi dito da parte do Senhor” (Lc 1, 45).
Além de crente, sugere São Lucas, Maria é dócil ao plano que Deus sonhou para si: “Maria disse, então: “Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1, 38).
Temos de reconhecer que o Magnificat é um canto messiânico. Tem a força profética das palavras, atitudes e denúncias de Jesus.
Na verdade, a pregação e as atitudes públicas de Jesus, são a expressão de uma vida marcadamente profética.
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