Após a Páscoa, os discípulos ao falarem do Jesus histórico vão atribuir-lhe muitas características próprias do Filho do Homem entronizado no Céu.
Graças ao rei messiânico entronizado no Céu, diz a profecia de Daniel, Deus vai suscitar o reino dos santos, isto é, o resto fiel:
“Os santos do Altíssimo são os que hão-de receber a realeza e guardá-la por toda a eternidade” (Dn 7, 18).
Para a mentalidade bíblica, o rei e o povo fazem um todo orgânico. Eis a razão pela qual o texto passa da figura singular do Filho do Homem, para a figura colectiva dos eleitos constituído pelo resto fiel.
O título Filho do Homem, tal como aparece em Daniel, sugere que o Messias é mais que um simples homem.
Ele é o escolhido por Deus para realizar a salvação da Humanidade: De agora em diante, o Filho do Homem estará sentado à direita do Todo-poderoso, diz o evangelho de São Lucas (Lc 22, 69).
O Filho do Homem tem poder para perdoar os pecados diz o evangelho de São Mateus (cf. Mt 9, 6).
Ele é o Senhor até do Sábado, o dia que Deus tinha consagrado para o repouso (Mt 12, 8). Como sabemos, o dever de guardar o Sábado era indiscutível para qualquer judeu.
A obrigação de guardar o sábado era um ponto central no conjunto dos mandamentos escritos por Moisés.
As atitudes de Jesus face ao Sábado indicam que o Filho do Homem é superior a Moisés
É no momento da sua ressurreição que Jesus atinge a plenitude do seu poder de Filho do Homem, isto é, Messias entronizado no Céu (Act 3, 19-21).
Calmeiro Matias
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