O Filho do Homem está entronizado no Céu. No dia decidido por Deus, ele vai voltar para instaurar um Reino da justiça.
Ele vai vir, diz São Mateus, envolto na glória de seu Pai, com os anjos e, então, retribuirá a cada um de acordo com a sua conduta (Mt 16, 27).
A vinda do Filho do Homem será como o relâmpago que sai do Oriente e brilha até ao Ocidente (Mt 24, 27).
A Salvação que Deus concede à Humanidade através do Filho do Homem é universal, isto é, destina-se a todos os seres humanos, diz São Mateus:
“Então aparecerá o sinal do Filho do Homem no Céu. Todas as tribos da terra baterão no peito e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do Céu com grande poder e glória” (Mt 24, 30).
No momento do seu martírio, Estêvão disse: “Vejo o Céu aberto e o Filho do Homem, de pé, à direita de Deus” (Act 7, 56).
No evangelho de São João, o Filho do Homem adquire as características de um ser divino e preexistente.
Ele é o Filho Eterno, Deus com o Pai e o Espírito Santo: “Ninguém subiu ao Céu a não ser aquele que desceu do Céu, o Filho do Homem” (Jo 3, 13).
O Pai deu ao Filho o poder de julgar, pois Ele é o Filho do Homem (Jo 5, 27). Este texto de São João tem subjacente a visão de Daniel, segundo a qual o Filho do Homem é investido no Céu com poder e Glória, a fim de julgar todos os povos (cf. Dn 7, 13).
Os evangelhos são unânimes em declarar Jesus como o Filho do Homem, isto é, o rei messiânico entronizado no Céu.
Associada a esta noção está também a ideia de que vai vir como rei para criar o Reino dos Eleitos de Deus.
No dia da sua vinda, dizem os evangelhos, todos os homens o verão chegar sobre uma nuvem (Lc 21, 27; Mc 14, 62; Mt 26, 64).
A nuvem na Bíblia é o sinal que acompanhava as manifestações de Deus. Com o evangelho de São João, o título de Filho do Homem adquire uma profundidade inultrapassável: o Filho do Homem é o Filho de Deus preexistente.
Calmeiro Matias
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