III-O AMOR AO JEITO DE DEUS
Eis a proposta que Jesus fez aos seus discípulos, a fim de atingirem a densidade do amor caridade, isto é, amor ao jeito de Deus:
“Ouvistes que foi dito: “Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo”.Eu, porém, digo-vos: “Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem”.
Fazendo assim tornar-vos-eis filhos do vosso pai que está nos Céus, o qual faz com que o sol se levante todos os dias sobre bons e maus e faz cair a chuva sobre justos e pecadores (…).
Portanto, sede perfeitos como o vosso Pai do Céu é perfeito” (Mt 5, 43-48). De tal modo a densidade do amor de Jesus se aproximou do jeito de amar de Deus Pai que um dia pode afirmar:
“Há tanto tempo que estou convosco e ainda não me conheceis, Filipe? Quem me vê, vê o Pai” (Jo 14, 9).
Uma outra vez Jesus afirmou a total sintonia com o Pai que um dia o seu jeito de ser e amar com o jeito de ser e amar de Deus, que Jesus afirmou: “Eu e o Pai somos um” (Jo 10, 30).
Como vemos, amar com amor caridade, isto é, ao jeito de Deus, configura-nos com Deus ao ponto de nos tornarmos suas imagens perfeitas.
Apesar de ter sido bem alicerçado na teologia judaica, São Paulo entendeu bem o mandamento de Jesus.
Eis o que ele diz na Carta aos Romanos: “Amar o próximo como a si mesmo resume toda a Lei de Moisés” (Rm 13, 8).
Depois acrescenta que o amor é a plenitude da Lei (Rm 13, 10). No evangelho de Mateus Jesus declara que o amor ao próximo é sentido por ele como amor a si mesmo (Mt 25, 40).
Calmeiro Matias
Sem comentários:
Enviar um comentário