Ao dar-nos o mandamento do amor, Jesus estava a transmitir-nos a ciência e a arte de te conhecer o Pai.
São João entendeu muito bem os ensinamentos de Jesus sobre o Pai quando escreveu:
“Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, pois o amor vem de Deus.
Todo aquele que ama nasceu de Deus e chega a conhecer Deus. Mas aquele que não ama não chegou a conhecer Deus, pois Deus é amor” (1 Jo 4, 7-8).
É no Espírito Santo que Deus Pai nos acolhe como filhos. Do mesmo modo, é também no Espírito Santo que o Filho de Deus nos elegeu como irmãos através do mistério da Encarnação.
Como diz São Paulo, o Espírito Santo é o amor de Deus derramado nos nossos corações (Rm 5, 5).
Nos seus ensinamentos, Jesus disse que a paternidade de Deus é, realmente a paternidade
decisiva.
É este o sentido do mandato que aparece no Evangelho de Mateus: “A ninguém chameis pai na Terra, pois um só é o vosso Pai, o que está no Céu” (Mt 23, 9).
Trata-se de uma maneira hebraica de sublinhar um aspecto, tornando-o exclusivo. O sentido do texto é este: toda a paternidade é assumida e plenificada em Deus.
A paternidade humana e a divina não são concorrentes, pois não se passam ao mesmo nível.
Na verdade, a paternidade humana passa-se ao nível biológico.
A paternidade divina, pelo contrário, passa-se ao nível espiritual. Foi isto que Jesus quis afirmar a Nicodemos quando lhe disse que temos de nascer de novo, pois o que nasce da carne é carne e que nasce do Espírito é espírito.
Calmeiro Matias
Sem comentários:
Enviar um comentário