II-CONHECER AS CAUSAS DA PRÓPRIA SOLIDÃO
Quando a solidão te invadir põe-te esta pergunta: “Que hei-de fazer para amar alguém?” Ou então: "O que é que eu posso partilhar com os outros, a fim de os ajudar a ser mais felizes?"
O amor é o único alicerce sólido para edificar uma pessoa realizada e feliz. São muito variadas as situações que podem gerar sentimentos de solidão na pessoa.
A solidão acontece porque somos seres sociais cuja plenitude e satisfação só pode acontecer na comunhão.
A condição social da pessoa inclui muitas facetas: Aspecto familiar, relações de amizade, grupo de pertença, contexto cultural e outros.
Quando alguém perde uma pessoa de família ou um amigo muito próximo faz uma experiência dolorosa de solidão.
Mas esta experiência de solidão é muito distinta da solidão sentida por uma pessoa que se sente excluída de um grupo.
Para superar o primeiro sentimento de solidão, a pessoa tem de encontrar alguém que, de algum modo, possa colmatar a perda sofrida pela morte.
Para superar a segunda experiência de solidão, é importante que a pessoa relativize o valor e a importância do grupo que a marginalizou, procurando integrar-se noutros grupos.
Uma outra experiência de solidão profunda é a das pessoas que mudam para outro contexto cultural, linguístico e nacional.
Os costumes, os hábitos, os diferentes modos de ver e valorizar as coisas do novo contexto são causa de grande solidão para as pessoas recém-chegada. É o caso dos emigrantes.
Esta solidão é muito maior se a pessoa recém chegada sente que não é bem tolerada pelo contexto social dominante.
Este sentimento de solidão vai diminuindo à medida que a pessoa se consegue ir integrando no novo contexto cultural.
Existe ainda a solidão dos mal-amados. Somos seres históricos. Para nos dizermos temos de contar uma história.
Todas as experiências dolorosas da nossa vida estão registadas no nosso cérebro, formando um entretecido interactivo.
Quando este entretecido é constituído por muitas experiências negativas gera situações de grande sofrimento e solidão.
Calmeiro Matias
Sem comentários:
Enviar um comentário