I-OS SINTOMAS DA SOLIDÃO
Há um tipo de solidão que domina a pessoa de modo permanente, minando nela a alegria de viver e bloqueando as suas energias espirituais.
Esta solidão é um sintoma claro de um estado depressivo. A superação deste tipo de solidão está dependente da cura da depressão da pessoa.
Para além desta solidão a que podemos chamar crónica, existe uma variedade enorme de experiências de solidão, as quais devem ser analisadas, a fim de a pessoa conhecer as suas causas e poder ultrapassar o sofrimento que advém destes estados.
Há pessoas que sentem o sofrimento da solidão porque se julgam diferentes ou então porque têm a sensação de que não significam nada para os demais.
É importante não confundir solidão com estar só. Uma pessoa pode estar só e sentir-se profundamente integrada e em comunhão com os outros.
Por outro lado, podemos estar no meio de uma grande multidão e sentirmo-nos profundamente sós.
Por outras palavras, uma pessoa pode estar a sentir uma grande solidão no meio de um grande aglomerado de pessoas.
O contrário da solidão é a comunhão. Isto quer dizer que à medida que se sente amada, a pessoa sente-se afectivamente fortalecida e não se deixa vencer pela solidão.
É esta a lei do amor: “O amor dos outros capacita-nos para amar e os mal-amados ficam a amar mal, sem disso serem culpados.”
Amar é eleger o outro como alvo de bem-querer, aceitando-o como é e facilitando a sua realização.
A pessoa humana só consegue realizar-se e ser feliz dentro de um contexto de relações de amor.
A solidão é o alarme que nos avisa de que algo está a caminhar mal em relação à amizade e ao amor. Acontece quando a pessoa não encontra um suporte afectivo forte para se sentir segura.
A criança que se perdeu dos pais num lugar desconhecido faz uma experiência terrível de solidão.
Sente os fundamentos da sua vida a desmoronar-se.
É dura a solidão das pessoas que, apesar de viverem numa casa, não têm um lar. Só o amor é capaz de fazer que uma casa se converta num lar, é o amor.
Sofrem de grande solidão as pessoas que apenas ouvem o eco da sua voz.
É dolorosa a solidão da pessoa que se sente perdida numa grande cidade onde não tem amigos que a escutem e a compreendam.
Solidão e fonte de tristeza é uma pessoa que não tem ninguém que lhe dê os parabéns pelas coisas boas e bonitas que realiza.
É dolorosa a solidão do rapaz que está num jardim enorme, tem uma bola, mas não tem um amigo para jogar.
Solidão tem o menino ou a menina que fizeram um desenho muito bonito e os pais são indiferentes e não a felicitam nem estimulam.
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