segunda-feira, 19 de abril de 2010

E DEUS CONVIDOU-NOS PARA A SUA FESTA

Pai Santo

Naquilo que temos de bom somos realmente parecidos com Deus.

Foi por esta razão que tu nos enviaste o teu Filho com a missão de nos convidar para a Festa do teu Reino.

O teu convite é redigido pelo Espírito Santo nos nossos corações, dando-nos a garantia de que estamos salvos.

Eis as palavras de São Paulo: “Não sabeis que sois templos do Espírito Santo que habita em vós.

Na verdade, vós recebestes de Deus o Espírito Santo e por isso já não vos pertenceis, pois fostes comprados por um alto preço.” (1 Cor 6, 19-20).

A Segunda Carta aos Coríntios diz que o Espírito Santo é quem nos capacita para vivermos a dinâmica da Nova Aliança que é fonte de Vida Eterna:

“Pelas nossas forças e aptidões somos incapazes de pensar e realizar algo de bom. A nossa capacidade vem de Deus.

De facto é ele que nos torna aptos para sermos ministros de um Nova Aliança, não da letra, mas do Espírito, pois a letra mata, mas o Espírito dá Vida” (2 Cor 3, 5-6).

É este o sentido profundo da seguinte afirmação de São Paulo: “O Espírito Santo é o amor de Deus derramado nos nossos corações” (Rm 5, 5).

Isto quer dizer que estamos talhados para o amor.
A vida natural não pode subsistir sem água. Do mesmo, a pessoa humana, privada de amor, não pode emergir, acabando por definhar e morrer espiritualmente.

Por outras palavras, o amor é o fundamento da realidade. De facto, foi o amor que criou o Universo.

Quando a Primeira Carta de São João diz que Deus é amor, está a tocar no coração da essência divina (1 Jo 4, 7-8; 16).

Talhado para a comunhão com Deus, o ser humano está chamado a crescer sempre mais na sua capacidade de amar.

A dignidade da pessoa humana começa no facto de não nascer determinada como os animais. Cada pessoa está chamada a realizar-se como ser único, original e irrepetível.

Na medida em que emergem e crescem em contexto de comunhão amorosa, os seres humanos tornam-se pessoas cada vez mais semelhantes às pessoas da Santíssima Trindade.
A vida pessoal em relações de comunhão familiar foi a primeira realidade que existiu.

Trindade Santa

Glória a Vós que sois um Deus Fiel e Verdadeiro. Ainda não tinha sido iniciada a génese das galáxias e já existia um Deus comunidade de amor.

Como sois amor, a génese do universo foi iniciada pela força criadora do Amor.

Deus Santo

Vós sois comunhão de pessoas. Isto quer dizer que sois Vida em plenitude, pois a plenitude da pessoa não está em si, mas na comunhão amorosa.

Por outras palavras, a Vida em Plenitude precedeu o Universo!

Por ter sido criada à imagem e semelhança da Divindade, a Humanidade está a emergir de modo único, original e irrepetível no concreto de cada pessoa.

Com o aparecimento da vida pessoal-espiritual, a marcha evolutiva da Criação atingiu o limiar da eternidade. Depois veio Jesus Cristo, a fim de optimizara vida humana, divinizando-a.

Só o jeito de amar revela a qualidade do coração humano e a densidade da humanização de uma pessoa. É esta a matéria-prima que Cristo veio divinizar.

No Reino de Deus seremos eternamente conhecidos e identificados, pelo jeito de dançar o ritmo do amor.

Este jeito, no entanto, é adquirido enquanto vivemos na História.

É mediante o amor que a pessoa possui Deus e os outros, pois o ser humano possui Deus e aos outros na medida em que se dá.

De facto, ao dar-se, a pessoa não se perde. Pelo contrário, encontra-se na dinâmica da comunhão amorosa.

Estamos talhados para amar. É esta a nossa vocação fundamental.

Isto quer dizer que a pessoa que se recusa a amar não serva para a Vida Eterna.

Glória a Vós, Trindade Santíssima. Vós Sois a garantia da nossa plenitude!
Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

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