quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

OS PILARES DA ESPERANÇA CRISTÃ

Trindade Santa,
Glória a Vós por serdes um Deus fiel e verdadeiro. Vós sois o alicerce sólido da nossa esperança, pois as pessoas que confiaram em Vós nunca foram desiludidas.

Senhor Jesus Cristo:

Com a tua ressurreição venceste a nossa morte e, deste modo, iluminaste o sentido da vida humana e robusteceste a nossa esperança.

Após uma vida de doação total ao Evangelho, São Paulo sentia-se feliz e, por isso, podia afirmar:
“Para mim viver é Cristo e morrer é um lucro” (Flp 1, 21).

Espírito Santo,
Com teu jeito maternal de amar, tu vais-nos confirmando na certeza da fidelidade de Deus. A Primeira Carta aos Coríntios diz que ninguém pode dizer que Cristo ressuscitou a não ser por inspiração do Espírito Santo (1 Cor 12, 3).

Apoiada nestes pilares, a nossa esperança dá-nos a garantia de não estamos perdidos num Universo sem sentido, pois não estamos a caminhar para o vazio da morte.

Pai Santo,

Apesar de os judeus terem crucificado Jesus tu confirmaste a autenticidade da sua missão, ressuscitando-o e sentando-o à vossa direita (Rm 1, 3-5).

Jesus teve o cuidado de robustecer a esperança dos Apóstolos, garantindo-lhes que nunca os deixaria abandonados:

“Agora estais abatidos, mas ver-vos-ei de novo e haveis de vos alegrar. Nesse dia já ninguém poderá tirar a vossa alegria” (Jo 16, 22).

Agora é o Espírito Santo quem nos confirma nesta certeza de que tu, Pai Santo, nos acolhes como filhos teus e irmãos de Jesus Cristo como diz São Paulo:

“Todos os que são movidos pelo Espírito Santo são filhos de Deus (…). Vós recebestes um Espírito de adopção que faz de nós filhos e nos leva a exclamar: “Abba, ó Papá!” Rm 8, 14-15).

Os pilares sobre os quais se apoia a nossa esperança são dignos de confiança. A Carta aos Colossenses dá-nos uma norma sábia para fortalecermos a nossa esperança, quando afirma o seguinte:

“Colocai a vossa mente nos bens do alto e não nas coisas terrenas” (Col 3, 2). E a Primeira Carta de São Pedro diz o seguinte:
“Acolhei Cristo nos vossos corações, a fim de vos manterdes preparados para testemunhar as razões da vossa Esperança a todos os que vos questionam” 1 Pd 3, 15).

Pai Santo,
A vossa Palavra amplia os horizontes da nossa esperança, fazendo-nos saborear o teu plano de salvação, o qual vai muito para além das nossas expectativas.

A tua Palavra, Pai Santo, capacita-nos para compreender que a plenitude dos seres humanos, ao serem assumidos e incorporados na Família da Santíssima Trindade (cf. Gal 4, 4-7).

Confirmados pela esperança temos a garantia de que a felicidade que nos aguarda no Reino de Deus não tem limites.
Deus Santo,

Nós vos damos graças pelo facto de as lentes da nossa esperança optimizarem os horizontes da nossa inteligência.

Por ter como alicerce a Palavra de Deus, a esperança cristã ultrapassa os muros estreitos da vida presente, capacitando-nos para contemplar, não apenas os bens desta terra, mas também os bens da vida eterna!

Mas isto não significa que a nossa esperança nos distraia ou aliene dos compromissos históricos.
Pelo contrário, a Vossa Palavra capacita-nos e envia-nos para transformarmos o mundo de acordo com os critérios do Evangelho.

No evangelho de São Mateus, Jesus diz que os cristãos estão no mundo como sal que dá sabor à vida.
Impelidos pela esperança, acrescenta Jesus, os cristãos são a luz que ilumina o sentido que a vida tem.
São também um fermento que transforma as estruturas do pecado, as quais impedem a humanização do Homem (cf. Mt 5, 13-16).

Depois de uma vida gasta ao serviço do bem e fortalecidos pela esperança que os capacita para os compromissos do amor o cristão pode dizer com São Paulo:

“Por isso não desfalecemos. E mesmo se em nós o homem exterior vai caminhando para a ruína, o homem interior renova-se todos os dias
Com efeito, a nossa momentânea e leve tribulação proporciona-nos uma glória eterna que vai para além de toda e qualquer medida” (2 Cor 4, 16-17).

Eis algumas afirmações de São Paulo que são realmente uma expressão genuína da esperança cristã:

Por isso não nos detemos nas coisas visíveis, pois estas são passageiras, mas olhamos para as realidades invisíveis, as quais são as eternas” (2 Cor 4, 16-18).

Fundada na Palavra de Deus e na ressurreição de Jesus Cristo, a nossa esperança dá-nos a certeza de que não estamos a caminhar para o fracasso da morte mas para a plenitude da Vida Eterna.

Trindade Santíssima,
Vós sois o alicerce da nossa esperança! Nós vos louvamos pelo dom da revelação que nos capacita para transformar o mundo e a História em harmonia com o vosso plano criador!

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

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