sexta-feira, 6 de junho de 2008

DEUS, O DINHEIRO E A FOME NO MUNDO-III

III-PARTILHA E SALVAÇÃO

Além de uma tarefa inglória, a pessoa que passa a vida a amontoar tesouros está a ser infiel à sua vocação fundamental que é amar os irmãos, partilhando, o modo seguro para atingir a plenitude na comunhão da Família de Deus.

Na verdade, passar a vida a amontoar tesouros na terra é estar a amontoar coisas corruptíveis que a traça e o caruncho destroem e os ladrões desejam roubar (Mt 6, 19-20; Lc12, 33-34).

O amor, pelo contrário nunca será destruído. A experiência ensina que o dinheiro não é a fonte da felicidade.

Não é difícil descobrir gente possuidora de grandes quantidades de dinheiro e que é profundamente infeliz.

Mas não é possível encontrar uma pessoa que esteja a gastar a vida pelas causas do amor e se sinta profundamente infeliz.

Isto significa que a fonte da felicidade é o amor e não o dinheiro. Nos seus ensinamentos, Jesus foi muito claro dizendo que não é possível servir ao mesmo tempo a Deus e ao dinheiro.

O dinheiro deve ser posto ao serviço do amor. No evangelho de São Lucas Jesus insiste na necessidade de termos o coração liberto em relação ao dinheiro (Lc 16, 13 -14).

O insensato, acrescenta o mesmo evangelho, passa a vida a amontoar riquezas. Depois de encher o celeiro faz obras e aumenta-o, a fim de este levar mais cereais.

Quem vive como insensato, morre insensatamente. Foi o que aconteceu: Quando menos pensava, veio a morte e os seus bens ficaram para outros.

Tudo o que tinha amontoado de nada lhe serviu (Lc 12, 13-21). Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro se acabar por entrar no caminho do malogro e fracasso definitivo? (Mt 16, 26; Mc 8, 36; Lc 9, 25).

A coragem de partilhar insere as pessoas na dinâmica da salvação, disse Jesus: “Vinde benditos de meu Pai, pois tive fome e sede, estava nu, preso e doente e vós atendestes-me (Mt 25, 34-45).
Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

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