sexta-feira, 4 de abril de 2008

CRISTO FOI MUITO ALÉM DO ANUNCIADO-III


III-FOI MUITO ALÉM DO ANUNCIADO

Com o mistério da encarnação fica consumado o projecto da criação, da revelação e da Salvação.
O Homem, cabeça da Criação, torna-se membro da Família Divina.

Com a divinização do Homem, a Criação atinge a sua plenitude. A Criação está plenamente inserida no projecto salvador de Deus que é o Senhor do Céu e da Terra (Mt11, 25).

Se o mundo é criação de Deus, então a meta da criação é o bem. A bondade das coisas, proclamada pelo Génesis (cf. Gn 1, 1-2, 7) é reafirmada pelo Novo Testamento agora.

Mas o Novo Testamento dá um salto de qualidade em relação ao Antigo, pois agora a Criação é vista à luz do acontecimento salvador de Cristo.

O farisaísmo com as suas distorções tentaram dividir as coisas entre puras e impuras, boas e más, benditas e malditas.

Jesus opõe-se a estes tabus e reafirma a bondade essencial de todas as coisas. Os alimentos são todos puros. O que mancha o homem é a maldade que lhe sai do coração e não os alimentos que possa ingerir (Mc 7, 14-20).

O Sábado, sinal da aliança, aparece no livro do Génesis como a consumação e santificação da criação.

Jesus entende a santificação do Sábado como compromisso com a libertação, restauração e salvação do Homem.

A Salvação é uma verdadeira recriação. Deus cuida com ternura de todas as criaturas. Nem um só pássaro cai por terra sem que Deus o permita (Mt 10, 29).

Foi Deus quem deu beleza aos lírios do campo e agilidade às aves do céu (Mt 6, 25-34). Ele é o princípio de todas as coisas. Do Senhor é a terra e tudo quanto ela contém (1 Cor 10, 26).

Deus é invisível, mas o invisível de Deus mostra-se-nos de modo analógico através das criaturas (Rm 1, 19; cf. Sb 13).

A plenitude da Criação é a Salvação. Como ele é o Salvador, então ele é a cabeça da Criação em estado de plenitude.

O mundo foi criado por Cristo e para Cristo, insiste o Novo Testamento (1 Cor 8, 6; Col 1, 15-20; Flp 2, 6-11).

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

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